Segundo Freud, os aspectos essenciais da personalidade formam-se nos primeiros anos de vida evidenciando-se na maneira como a criança lida com os conflitos criados entre os seus desejos e aquilo que é socialmente correcto para esta. Neste sentido, o desenvolvimento da personalidade processa-se numa sequência de estádios psicossexuais marcada por uma determinada zona erógena e por conflitos psicossexuais específicos.
O desenvolvimento da personalidade está relacionado com a qualidade das experiências emocionais vividas nos diferentes estádios:
Estádio oral – (desde o nascimento aos 12/18 meses) qualquer bebé tem a tendência de por tudo o que pode á boca, sejam brinquedos, chaves ou ate partes do corpo, como os dedos da mão e dos pés, isto deve-se ao facto de que nesta altura os lábios e a boca serem locais muito sensíveis que dão prazer ao bebé quando “estimuladas” ou tocadas é para eles uma zona erógena.
Estádio anal – (dos 12/18 meses aos 2/3 anos) a zona anal passa a ser a zona erógena devido ás fortes contracções musculares que dão prazer á criança.
Estádio fálico – (entre os 2 e os 5/6 anos) nesta fase é na zona genital que a criança começa a obter prazer quando toca no seu corpo e descobre que existem diferenças entre rapazes e raparigas a nível físico.
Isto leva muitas vezes ao aparecimento do complexo de Édipo (nos rapazes), e no complexo de Electra (nas raparigas) onde estas desenvolvem uma aversão pelo sexo oposto.
Estádio de latência – (5/6 anos até à puberdade) nesta altura, começam a formar-se os sentimentos morais (vergonha, pudor, nojo, repugnância) e há um desinteresse pela actividade sexual.
Estádio genital – (a partir da puberdade) o adolescente volta a ter interesse na actividade sexual agora já com interesse em partilhar experiencias com um parceiro. O prazer deixa de estar restrito à zona genital e envolve agora o corpo todo.
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